13 de abril de 2012

Vamos lá ver se eu percebi.

Vamos lá ver se eu percebi.

O Sporting estava farto de ser constantemente desrespeitado pelos árbitros. Era uma cabala constante e permanente que tinha picos de insolência no dia dos jogos. Boicote dos árbitros aos seus jogos, queixas de árbitros que tomaram as dores de outros, o facto de os árbitros só reagirem (e veementemente) contra o Sporting, permitindo inclusivamente ao inadaptado verbal Jorge Jesus pôr em causa a sua honestidade, etc...

Como é que o Sporting reage a isto? Pede a Paulo Pereira Cristóvão que arranje maneira de "resolver" o assunto. PPC (gosto desta maneira de abreviar nomes para não ocupar muito espaço, é a "smsização" da escrita) decidiu fazê-lo atingindo o árbitro que lhes custou o último troféu que podiam conquistar na longínqua época de 2008/2009. Inteligente portanto.

Porquê PPC? Paulo Pereira Cristóvão tem uma empresa de segurança que emprega adeptos da claque leonina, gente geralmente pacífica e de boa índole como se viu no estádio da luz há uns tempos. Se bem se lembram PPC foi o inspector do caso Joana acusado e absolvido de ter dado umas valentes galhetas na mãe da menina. Foi inspector da PJ, logo, saberia muito bem como contornar a justiça. Além disso andou pelas manhãs da SIC a explicar crimes a velhinhas. É ele que vai tratar do assunto. Boa escolha senhores, boa escolha.

Não consigo pensar no
nome do homem sem
 me vir à cabeça o circo.
Quem é Cardinal? Com tudo o que isso possa dizer dele, é o árbitro que viu a mão do Pedro Silva na final da Taça Lucílio Baptista em 2009, tem 45 anos e recentemente abandonou o seu emprego para se dedicar exclusivamente à arbitragem, estranho? Tudo bem que trabalhava nos CTT, mas não!

Mais estranho é terem-lhe caído 2000€ na conta e ele nada fazer ou dizer, às tantas nem percebeu qual das luvas é que lhe tinha depositado o dinheiro, isto de ter a contabilidade organizada dá trabalho.

Como resolveu PPC o assunto? Supostamente, enviou um funcionário seu a um banco na Madeira para depositar 2000€ na conta de Cardinal e depois escreveu uma carta anónima, acompanhada do talão do multibanco (o síndrome do Portugal burocrático) ao Sporting (talvez a si mesmo, sempre poupava nos selos já que podia perfeitamente entregá-la em mãos) a denunciar o árbitro por corrupção. Bela estratégia sim senhor, e era este homem encarregado de investigações policiais da Polícia Judiciária... certo.

Depois, o Sporting, na sua boa fé e irrepreensível conduta, falou com o... Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, talvez só ele é que pudesse decidir se seria ou não um caso de polícia, ou se a coisa se resolvia devolvendo o dinheiro ao PPC e mandando o Cardinal para a reforma, que como castigo, ficaria sem emprego e ainda conseguia ir buscar algum ao RSI.

No fim disto tudo, a PJ só consegue acusar PPC de denúncia caluniosa qualificada, PPC demite-se e diz "a minha demissão não representa uma assunção de culpa", de notar que a palavra inocente nunca fez parte de nenhuma declaração atribuída ao senhor que tenha lido.

A confusão é tanta, que ainda vão arranjar maneira da culpa disto tudo ser do Pinto da Costa.

NOTA: Durante este artigo PPC abrevia Paulo Pereira Cristóvão que, só por coincidência, são as iniciais de Pedro Passos Coelho.

por Creep

1 comentários:

Anónimo disse...

Como todos sabemos, a culpa jamais seria do Pinto da Costa...

A verdade é que este PPC, independentemente do que aconteça, deixou de merecer confiança dos sportinguistas, enquanto o PC continua, hoje e sempre, a merecer a confiança dos portistas, independentemente do que aconteceu.

Só não percebe a diferença quem não quer.

É que um ganha tudo, logo perdoa-se tudo...

Viva a moral portista!