23 de setembro de 2012

Chorar ainda é argumento

4 jornadas. Foi o tempo que este Benfica de Vieira e Jesus demorou a mostrar os dentes. E as lágrimas. Um Benfica com um discurso que só enfraquece a sua grandeza. Um Benfica que sofre de uma incapacidade crónica de reconhecer os seus próprios deméritos. De reconhecer alto e bom som que o adversário foi melhor. De reconhecer as suas falhas e os seus pecados. Porque se Cardozo e Enzo Perez fizessem o que lhes compete o Benfica ganharia 2-0 aos 8 minutos de jogo.

Esta direcção Kadafi adoptou um discurso perverso que os seus adeptos acolhem na sua maioria. Tornaram-se aquele miúdo que na escola leva uma reprimenda da professora e responde “oh professora mas o João também faz!”. O manto dourado. E este postura ganha inimigos. Mas tem tambem muita força. Porque todos adoramos uma boa desculpa.

Mesmo que saibamos a verdade. Porque no fundo, todos sabem da hipocrisia do argumento. No fundo, todos sabemos como o Benfica ganhou muitos campeonatos em preto e branco. No fundo, todos sabemos que a justiça audiofónica só apareceu em Portugal nos anos 90. No fundo, todos sabemos que em 90 por cento dos casos o futebol é justo. No fundo, nem todos os lenços de papel do mundo são suficientes. Porque o Benfica é maior que isso e os seus adeptos merecem mais que Jorge Jesus e Luis Filipe Vieira.

Nota Internacional: Lamentavel o comportamento de Messi. E lamentável o constante proteccionismo de imprensa e adeptos perante o desrespeito do jogador com David Villa. E começa a cansar a falta de critério. Porque se o faz o madeirense a repercussão seria absurda. Critério senhores.

por José Coelho

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