17 de setembro de 2012

O que resta do Real Moudrid?

Não alheio às lides bloguistas, agradeço o convite que me foi endereçado para participar e compartir opinião neste extraordinário blogue desportivo. Espero contribuir para um debate alargado mas sempre democrático, apresentado a minha visão debatível sobre a actualidade futebolística portuguesa, estrangeira e interplanetária sempre que possível. E o início não poderia ser mais português: Real Madrid.

Em luz do recente clima de instabilidade no campeão espanhol, dúvidas surgem na ferverosa e parcial imprensa espanhola relativamente ao clã nacional, nomeadamente o seu treinador José Mourinho e a sua estrela Cristiano Ronaldo.

Muito foi já dito sobre a birra que CR7 por qualquer razão montou. Sendo já um tema agastado, pouco falarei dele, remetendo-me apenas para o fraco rendimento desportivo do jogador. Ninguém gosta de queixinhas, excepto talvez quando estes marcam 150 golos em 149 jogos. Coisa estranha esta da tolerância. Mas uma coisa é inegável, o jogador português não está bem. Nem ele nem os companheiros de equipa que por mais incrível que pareça não se chamam Cristiano nem Ronaldo.

O mérito tem coisas fantásticas. Nunca morre solteiro. Mas o Real Madrid tem falhado. Joga mal, e pior do que isso não consegue resultados. O Barcelona já vai a 8. E Mourinho faz um “mea culpa”. Como sempre, o melhor treinador do mundo dá o corpo às balas perante a falta de compromisso de muitos dos seus jogadores. Não sei se desta será suficiente.


Fiz contas há uns dias. E percebi que na sua carreira Mourinho não esteve até hoje mais de 3 anos no mesmo clube. No Benfica saiu como todos sabemos. No União de Leiria apenas uma época antes de sair para o Futebol Clube do Porto onde triunfou em 2 anos e meio. De seguida veio o Chelsea de onde foi “demitido” ao fim de 3 anos ainda em Setembro e após um doloroso empate em casa com o Rosenborg para a Champions League. Transformou o Inter de Milão mas, mais uma vez, saiu ao final de 3 anos. Entramos na 3ª época à frente do colosso espanhol e Mourinho já ganhou tudo o que havia a ganhar em Espanha. Mas foram anos duros, intensos, onde a luta pelo ceptro do futebol mundial com o melhor Barcelona de todos os tempos, fez com que o mundo parasse sempre que Real Madrid e Barcelona se defrontavam. E isto contribui para um enorme esgotamento psicológico.

Serão apenas coincidências, mas quem está de fora e acompanha não vê compromisso. Principalmente dos jogadores espanhóis. Recém consagrados Campeões da Europa, começaram a época descentrados. Protegidos por uma imprensa espanhola que defende irracionalmente os seus campeões do mundo, o treinador português é o alvo preferido.

A expressão “meter o pé” e “ir a todas as bolas” tem um significado. E a falta de motivação e garra é aparente. Pior do que isso, Mourinho veio pela 3ª vez este ano em conferência de imprensa enviar duros recados aos jogadores. Valencia, Getafe, Sevilha. Com apenas um resultado prático na Supertaça Espanhola. E isto, como diriam nuestros hermanos, “pinta mal”

por José Coelho

0 comentários: