E, foi de vez.
Com uma táctica (se é que se pode denominar de tal) 3 – 1 – 6 a partir de
metade da 2ª parte o Sporting lá conseguiu a tão ansiada (e desesperada)
primeira vitória no campeonato.
Num jogo em que por força das circunstâncias o Sporting teria,
à viva força de vencer, e depois do amplamente noticiado o desaguisado entre
jogadores (alguns) e equipa técnica, viu-se, mais uma vez, uma equipa ansiosa, com
novidades (alterações que parecem infindáveis) no onze inicial, mas cheia de vontade de comer a relva e
mostrar serviço.
O Sporting começou bem o jogo. A atacar como mandam as
regras do jogo. Rápida e incisiva em desmarcações e criando superioridade
numérica em movimentações e transições à
Leão. Ao contrário do que costuma acontecer com equipas que se apoderam da área
adversária com a sofreguidão com que o Sporting iniciou o jogo, a equipa não logrou marcar nas oportunidades
de que dispôs e sofreu aos, 7 minutos, contra a corrente do jogo um golo à
semelhança do que tem acontecido não raras vezes.
Mas bastou uma desconcentração, aliás, duas desconcentrações e um desacerto quase simultâneo de dois jogadores (Cédric e Xandão) para a confiança, mais uma vez, cair para um nível a que nós, Sportinguistas, estamos por demais habituados.
Mas bastou uma desconcentração, aliás, duas desconcentrações e um desacerto quase simultâneo de dois jogadores (Cédric e Xandão) para a confiança, mais uma vez, cair para um nível a que nós, Sportinguistas, estamos por demais habituados.
A primeira substituição do Sporting decorreu à passagem dos
36 minutos da primeira parte. E substituição forçada. Saída de Pranjic
(lesionado ) e entrada do internacional marroquino Labyad . Num jogo em que Valentin
Viola teve a sua noite de estreia ( e boa estreia), a primeira parte terminou
com um grande remate do mesmo à trave da baliza defendida por Adriano.
Mais uma vez o Sporting, não traduzia a sua superioridade em golos. Mais de uma dezena de remates realizados não surtiram o efeito desejado e a ansiedade, o desconforto de mais um intervalo sem vitória, criava nos adeptos presentes (cerca de 25.000) mais uma sensação de Déjà Vu.
A segunda parte começou com mais…do mesmo. Sporting ao ataque e Gil Vicente à espreita de mais uma oportunidade de ouro para poder arrumar o assunto de vez. Remates foram mais de 25. Rinaudo a central depois da saída de Xandão e entrada em jogo de Carrillo. Perdi a conta à quantidade de extremos, médios ala e avançados que rodopiavam e se atropelavam em campo numa catarse técnico-táctica difícil de descrever.
Muito coração. Alma a transbordar. Ansiedade aos píncaros e, logo após a saída de Viola para a entrada de Jeffren, o tão esperado golo que dá sempre a sensação de serem dois( quando o resultado está 0-1). É a bola que entra , a do empate. É a bola que leva o pensamento e a emoção a juntarem-se e a gritarem em uníssono: Só falta um! Capel foi o autor.
Aos 85 Wolfswinkel, muito mais esforçado do que o habitual mas com a falta de pontaria, também usual, cabeceia muito bem para o golo da vitória Sportinguista. No fim ainda houve tempo para uma expulsão por duplo amarelo para Labyad. É sempre espectacular observar esta justiça, tão divina, do tipo “ não vi, eu até estava de costas mas, embora toda a gente me diga que foi o Labyad que foi empurrado, e até me dizem que foi empurrado duas vezes, alguma coisa ele fez e por isso vou dizer ao meu colega para dar amarelo aos dois.”
O Sporting não ganhou só um jogo ou 3 pontos. Ganhou um jogo
importante pelo facto do próximo ser, também, em casa contra o Estoril. E
ganhou fôlego. Ganhou a recompensa que tantas vezes tem fugido por ser
ambicioso na procura incessante do(s) golo(s).
Ganhou alma e tempo para arrumar ideias e integrar sistemas de jogo. E sobretudo ganhou na resposta que deu aos que se levantam sempre nestas alturas, para colocar em causa o trabalho dos outros. Rinaudo fez questão, no final do jogo, de referir que não existem quaisquer atritos em relação à equipa técnica. O Sporting ganhou muita coisa hoje à noite. Mas não ganhou, ainda, uma equipa. Viveu de solavancos de jogadores que queriam ganhar pelo clube, por eles próprios, para ganhar….tempo.
Ganhou alma e tempo para arrumar ideias e integrar sistemas de jogo. E sobretudo ganhou na resposta que deu aos que se levantam sempre nestas alturas, para colocar em causa o trabalho dos outros. Rinaudo fez questão, no final do jogo, de referir que não existem quaisquer atritos em relação à equipa técnica. O Sporting ganhou muita coisa hoje à noite. Mas não ganhou, ainda, uma equipa. Viveu de solavancos de jogadores que queriam ganhar pelo clube, por eles próprios, para ganhar….tempo.
Tempo para construir e aí sim, almejar voos maiores.
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