O futebol português em destaque

Todas as competições de Portugal (se calhar nem todas) e todos os craques. (bom, quase todos)

A melhor liga do mundo

Os melhores clubes, as melhores competições, às vezes até as piores aqui, na Bola de Couro.

Os craques de hoje e de ontem

A febre futebolística leva-nos a chamar "anão" a um génio e "oleoso" a outro. Uns batem, uns riem, outros até dão cabeçadas, mas é pelas bolas pelo meio das pernas de um adversário de rins torcidos que vamos ao estádio.

Todos somos fãs...

Uns mais fanáticos, outros mais bonitos.

Porque nem só de futebol vive o mundo

Os outros desportos vão andar por cá, mas menos.

27 de setembro de 2012

Tudo parece fácil.


5ª jornada na calha e não há menor possibilidade de o Paços fazer uma desfeita às papoilas saltitantes. Pelo menos o jogo é já amanhã e, que se saiba, ninguém avisou nenhum vice-presidente, de uma cabala anunciada. Then again, essas informações só se sabem no fim do jogo, mais ou menos como os prognósticos do João Pinto.

Esta semana, os mesmos árbitros que na época passada boicotaram os verdinhos, que também o são por nunca amadurecerem, vieram a terreiro dizer que as críticas de Jesus não ultrapassaram os limites. Nada que não se esperasse e que já se viu ainda na época passada e que se voltará a ver sempre que as críticas vierem do terreno em frente ao Colombo.

JJ confia que se jogarem como em Coimbra, ganham facilmente. Pelo menos se o Cardozo desta vez queira marcar um golito que não seja de penálti, e se a arbitragem não for tão incompetente como a de Xistra. Quer Jorge Jesus que a arbitragem seja tão boa como nos restantes jogos que o Benfica já disputou esta época, ou seja, que haja pelo menos 1 jogador expulso da equipa adversária que é para ser justa e competente, como foram em 3 dos 4 jogos já jogados neste campeonato pelas águias.

Caminhamos a passos largos para os números do último campeonato ganho para os lados da luz quando em 30 jogos, 12 foram contra 10 ou menos jogadores adversários. Mérito de um endividado e com "cagufa" Benfica, com certeza e obviamente sempre com arbitragens insuspeitas e profissionalmente perfeitas.


O Porto vai a Vila do Conde e Vítor Pereira diz que não será o anjinho da romaria, e marca posição na pressão à arbitragem, como quem diz que está atento a possíveis erros, mas fá-lo sem levantar muita poeira, para não lhe entrar nenhuma para os olhos.

Já o Sporting, no mesmo tema, acha que a abordagem de bater de frente lhe pode trazer frutos. Dois concelhos para a nação de verde: escolham as batalhas e tenham presente que se apanham mais moscas com mel, do que com fel.

El Comandante volta aos treinos enquanto Hélton, Alex Sandro, Mangala e Castro foram fazer xixi no copinho e o Porto faz mais um jogo sem Hulk. Regressa o capitão, mais forte do que nunca, numa altura em que o plantel precisa de alguém como Lucho para colmatar da melhor maneira a perda do incrível. Com ele regressa a dúvida acerca da capacidade Vítor Pereira de encaixar James Rodríguez ao meio que é claramente onde rende mais. Cá para mim, terá que esperar pela saída de Moutinho... em Janeiro???


Sá Pinto continua ligado à máquina e vamos lá ver se os rapazes da linha de Cascais não lhe desligam a ficha. Jogam em casa com um recém promovido e a margem de manobra é nula. É para ganhar, ponto final! Mas ainda assim, tenho dúvidas... gahnar 2 jogos seguidos? hmmmm Não me cheira.

Cada vez mais concordo com José de Pina, o Sporting precisa de um treinador estrangeiro que quebre com a mentalidade pequenina de festejar vitórias em casa contra o Gil Vicente como se fossem campeonatos.

Tem tudo para ser um fim de semana calmo antes da jornada europeia, mas, tanto Sá Pinto, como Vítor Pereira ou Marco Ferreira (sim, é sempre o árbitro o culpado de qualquer mau resultado do Benfica) podem agitar as águas de Porto, Benfica ou Sporting.

por Creep

25 de setembro de 2012

Leão até ao fim...

E, foi de vez.
Com uma táctica (se é que se pode denominar de tal) 3 – 1 – 6 a partir de metade da 2ª parte o Sporting lá conseguiu a tão ansiada (e desesperada) primeira vitória no campeonato.

Num jogo em que por força das circunstâncias o Sporting teria, à viva força de vencer, e depois do amplamente noticiado o desaguisado entre jogadores (alguns) e equipa técnica, viu-se, mais uma vez, uma equipa ansiosa, com novidades (alterações que parecem infindáveis) no onze inicial,  mas cheia de vontade de comer a relva e mostrar serviço.

O Sporting começou bem o jogo. A atacar como mandam as regras do jogo. Rápida e incisiva em desmarcações e criando superioridade numérica em movimentações  e transições à Leão. Ao contrário do que costuma acontecer com equipas que se apoderam da área adversária com a sofreguidão com que o Sporting iniciou o jogo,  a equipa não logrou marcar nas oportunidades de que dispôs e sofreu aos, 7 minutos, contra a corrente do jogo um golo à semelhança do que tem acontecido não raras vezes.

Mas bastou uma desconcentração, aliás, duas desconcentrações e um desacerto quase simultâneo de dois jogadores (Cédric e Xandão) para a confiança, mais uma vez, cair para um nível a que nós, Sportinguistas, estamos por demais habituados. 

A primeira substituição do Sporting decorreu à passagem dos 36 minutos da primeira parte. E substituição forçada. Saída de Pranjic (lesionado ) e entrada do internacional marroquino Labyad . Num jogo em que Valentin Viola teve a sua noite de estreia ( e boa estreia), a primeira parte terminou com um grande remate do mesmo à trave da baliza defendida por Adriano.

Mais uma vez o Sporting, não traduzia a sua superioridade em golos. Mais de uma dezena de remates realizados não surtiram o efeito desejado e a ansiedade, o desconforto de mais um intervalo sem vitória, criava nos adeptos presentes (cerca de 25.000) mais uma sensação de  Déjà Vu.

A segunda parte começou com mais…do mesmo. Sporting ao ataque e Gil Vicente à espreita de mais uma oportunidade de ouro para poder arrumar o assunto de vez. Remates foram mais de 25. Rinaudo a central depois da saída de Xandão e entrada em jogo de Carrillo. Perdi a conta à quantidade de extremos, médios ala e avançados que rodopiavam e se atropelavam em campo numa catarse técnico-táctica difícil de descrever.

Muito coração. Alma a transbordar. Ansiedade aos píncaros e, logo após a saída de Viola para a entrada de Jeffren, o tão esperado golo que dá sempre a sensação de serem dois( quando o resultado está 0-1). É a bola que entra , a do empate. É a bola que leva o pensamento e a emoção a juntarem-se e a gritarem em uníssono: Só falta um! Capel foi o autor.

Aos 85 Wolfswinkel, muito mais esforçado do que o habitual mas com a falta de pontaria, também usual, cabeceia muito bem para o golo da vitória Sportinguista. No fim ainda houve tempo para uma expulsão por duplo amarelo para Labyad. É sempre espectacular observar esta justiça, tão divina, do tipo “ não vi, eu até estava de costas mas, embora toda a gente me diga que foi o Labyad que foi empurrado, e até me dizem que foi empurrado duas vezes, alguma coisa ele fez e por isso vou dizer ao meu colega para dar amarelo aos dois.”

O Sporting não ganhou só um jogo ou 3 pontos. Ganhou um jogo importante pelo facto do próximo ser, também, em casa contra o Estoril. E ganhou fôlego. Ganhou a recompensa que tantas vezes tem fugido por ser ambicioso na procura incessante do(s) golo(s).

Ganhou alma e tempo para arrumar ideias e integrar sistemas de jogo. E sobretudo ganhou na resposta que deu aos que se levantam sempre nestas alturas, para colocar em causa o trabalho dos outros. Rinaudo fez questão, no final do jogo, de referir que não existem quaisquer atritos em relação à equipa técnica. O Sporting ganhou muita coisa hoje à noite. Mas não ganhou, ainda, uma equipa. Viveu de solavancos de jogadores que queriam ganhar pelo clube, por eles próprios, para ganhar….tempo.

Tempo para construir e aí sim, almejar voos maiores.

por R.Santos

23 de setembro de 2012

Chorar ainda é argumento

4 jornadas. Foi o tempo que este Benfica de Vieira e Jesus demorou a mostrar os dentes. E as lágrimas. Um Benfica com um discurso que só enfraquece a sua grandeza. Um Benfica que sofre de uma incapacidade crónica de reconhecer os seus próprios deméritos. De reconhecer alto e bom som que o adversário foi melhor. De reconhecer as suas falhas e os seus pecados. Porque se Cardozo e Enzo Perez fizessem o que lhes compete o Benfica ganharia 2-0 aos 8 minutos de jogo.

Esta direcção Kadafi adoptou um discurso perverso que os seus adeptos acolhem na sua maioria. Tornaram-se aquele miúdo que na escola leva uma reprimenda da professora e responde “oh professora mas o João também faz!”. O manto dourado. E este postura ganha inimigos. Mas tem tambem muita força. Porque todos adoramos uma boa desculpa.

Mesmo que saibamos a verdade. Porque no fundo, todos sabem da hipocrisia do argumento. No fundo, todos sabemos como o Benfica ganhou muitos campeonatos em preto e branco. No fundo, todos sabemos que a justiça audiofónica só apareceu em Portugal nos anos 90. No fundo, todos sabemos que em 90 por cento dos casos o futebol é justo. No fundo, nem todos os lenços de papel do mundo são suficientes. Porque o Benfica é maior que isso e os seus adeptos merecem mais que Jorge Jesus e Luis Filipe Vieira.

Nota Internacional: Lamentavel o comportamento de Messi. E lamentável o constante proteccionismo de imprensa e adeptos perante o desrespeito do jogador com David Villa. E começa a cansar a falta de critério. Porque se o faz o madeirense a repercussão seria absurda. Critério senhores.

por José Coelho

20 de setembro de 2012

Braga não é sinónimo de Champions League

No final da 1ª jornada da Liga dos Campeões os 3 clubes portugueses tiveram sortes distintas. Em primeiro lugar devo dizer do prazer que sinto enquanto português de ter 3 equipas na fase final da Champions League. Longe eram os tempos em que Portugal era apenas representado por um clube na prova milionária, fosse Futebol Clube do Porto ou o meu Boavistão. Esse Boavista das camisolas esquisitas que enamorou a Europa, que subjugou Liverpool, Borussia de Dortmund ou Dinamo de Kiev passando à 2ª fase na Liga dos Campeões. Um exemplo para clubes como o Sporting de Braga. Um exemplo desaproveitado.

O Sporting de Braga demonstrou esta noite que apesar das excelentes exibições na Liga Europa e do grande papel sustentado que tem apresentado na Liga Portuguesa, falha na prova primeira do futebol Europeu. Relembro que é a 2ª participação do Sporting de Braga na Champions depois de 2010 ter ficado pela fase de grupos. E hoje sucumbiu perante a poderosa equipa do Cluj. Foi uma pena. Tenho um grande respeito pelo Sporting de Braga. Encanta-me a progressão desta equipa do Minho, agrada-me que seja o Braga a ocupar o papel que desempenhava o Boavista há uns anos a esta parte. Bem, o papel que roubaram à força. Mas enfim, que seja o Braga antes que o Guimarães.

Não posso deixar de sublinhar que o Braga é neste momento o terceiro clube português. Uma equipa mais forte que o Cluj do Roménia, principalmente em casa. Depois de finalista da Taça Uefa em 2010, esta nova participação do Braga começa com desilusão. Por seu lado Benfica e Porto conseguiram resultados positivos, uns mais que outros. O Porto conseguiu uma vitória natural e justa na Croácia, o Benfica empata em Glasgow, num resultado que não sendo extraordinário, dá a sensação de ser justo. Um Benfica que se apresenta mais debilitado que o Porto nestas alturas, que pode ter perdido Hulk, mas mantém uma estrutura de equipa que o Benfica parece ter destruído. Sem Javi Garcia nem Witsel não há paraíso.

Quero deixar 2 notas finais a propósito de Barcelona e Casillas. Depois da vitória saborosa do Real Madrid frente ao Man City, muito se vendeu nos periódicos da Catalunha do sofrimento da conquista da equipa de Mourinho. Já se faziam funerais escritos que tiveram de ser refeitos quando Cristiano Ronaldo, o próximo Bola de Ouro, meteu justiça no marcador e na exibição no minuto 90. Parece hoje hoje o Barcelona esteve às portas da derrota com a fortíssima equipa do Spartak de Moscovo. Dizem que Messi salvou o Barcelona. Eu diria que os seus golos safaram o Barça de uma derrota humilhante, mas mais que isso fica uma fraca exibição dos azulgrana e outra má exibição do génio argentino. Tudo conta.

Quanto a Casillas, parece que não celebrou o último golo de Ronaldo, o golo que deu os 3 pontos ao Real Madrid frente ao campeão inglês na Terça Feira. Bem, como não sou espanhol, tenho a prerrogativa de poder criticar o capitão Espanhol. Mas seria injusto. Injusto para um jogador que tem dado fracas exibições nestes últimos jogos e que por pouco não custou uma derrota à sua equipa. Injusto para um jogador que não defende o seu colega de equipa CR7 para a Bola de Ouro porque se acha humildemente merecedor de tal distinção. Injusto para um jogador que não se chama Cristiano Ronaldo apesar da mesma atitude de não celebrar os golos da sua equipa. Nota para mim mesmo: apenas Cristiano pode ser criticado.

por José Coelho

18 de setembro de 2012

Estreia a cinzento... pelo menos às riscas...

Jogo entre a pior equipa dos últimos anos da Liga dos Campeões e uma das melhores de história da prova. Jogo fácil para o Porto sem Hulk e sem Fernando. A verdade é que se não ganhasse hoje, corríamos o risco de nos tornarmos o Sporting de azul e branco, e para surpresas, bem bastou a do Hapoel no ano passado. Mais uma vez digo... com Vítor Pereira nada é de estranhar.

El comandante pareceu ter uns anitos a menos
e correu mais do que James. E assume o protagonismo
que Hulk deixou em aberto
O Porto domina a primeira parte e o golo surge naturalmente mesmo depois de Jackson Martinez dar a perceber que a Champions, mesmo contra os fraquinhos de Zagreb, não é o México. Lucho marca para ser o homem do jogo e até parece que não tem 31 anos. Miguel Lopes é para já, melhor do que Danilo que me parece que poderá ser melhor candidato ao meio campo no caso da saída de Moutinho, do que para tirar o lugar ao Lopes.

Alex Sandro está a crescer a olhos vistos e falta um bocadinho mais de discernimento a decidir antes de chegar à linha de fundo para ficar, rapidamente melhor do que Álvaro Pereira que deixou uma saudade que parece durar pouquinho.

James sai aos 88 minutos e só dei por ele quando tenta um remate genial, mas que não resulta e que claramente não apaga o péssimo jogo. Não só dele aliás, mas do trio atacante com Varela ligeiramente acima e a mostrar que 90 minutos é muito tempo para andar a correr (gostava de ver mais Iturbe). A James falta idade e capacidade de decisão em jogo para assumir o protagonismo que tinha Hulk.

Enorme jogo de Hélton com duas defesas a salvar a "remontada" e com os dois passes para golo mais perigosos do jogo. Hélton que desde a época de ouro de Vilas-Boas é de longe o melhor guarda-redes a actuar em Portugal e salvou o Porto de outros "Hapoeis" já na primeira jornada.

Globalmente fraco no ataque e com duas desconcentrações que poderiam ter complicado muito e Vítor Pereira vê-se obrigado a trocar James por Mangala, algo que não devia ser preciso contra o Dínamo croata.

Duas notas: a primeira para o jogo de Madrid onde o Real dominou um jogo que tantos vaticinavam como a seta no calcanhar de Mourinho e em que Ronaldo volta a ser decisivo, mesmo com o franguinho do Hart, que, por não ter "e" às vezes parece não ter coração. E a segunda para o PSG que mesmo com um penálti duvidoso a abrir o jogo segue a receita do Manchester City para ser um grande Europeu. Os "petrodólares" podem não resolver tudo, mas ajudam muito.

Nota provocatória: Ainda há por aí risinhos escondidos de mão na boca acerca da agressão insignificante cena do Luisão ao árbitro?

por Creep

17 de setembro de 2012

O que resta do Real Moudrid?

Não alheio às lides bloguistas, agradeço o convite que me foi endereçado para participar e compartir opinião neste extraordinário blogue desportivo. Espero contribuir para um debate alargado mas sempre democrático, apresentado a minha visão debatível sobre a actualidade futebolística portuguesa, estrangeira e interplanetária sempre que possível. E o início não poderia ser mais português: Real Madrid.

Em luz do recente clima de instabilidade no campeão espanhol, dúvidas surgem na ferverosa e parcial imprensa espanhola relativamente ao clã nacional, nomeadamente o seu treinador José Mourinho e a sua estrela Cristiano Ronaldo.

Muito foi já dito sobre a birra que CR7 por qualquer razão montou. Sendo já um tema agastado, pouco falarei dele, remetendo-me apenas para o fraco rendimento desportivo do jogador. Ninguém gosta de queixinhas, excepto talvez quando estes marcam 150 golos em 149 jogos. Coisa estranha esta da tolerância. Mas uma coisa é inegável, o jogador português não está bem. Nem ele nem os companheiros de equipa que por mais incrível que pareça não se chamam Cristiano nem Ronaldo.

O mérito tem coisas fantásticas. Nunca morre solteiro. Mas o Real Madrid tem falhado. Joga mal, e pior do que isso não consegue resultados. O Barcelona já vai a 8. E Mourinho faz um “mea culpa”. Como sempre, o melhor treinador do mundo dá o corpo às balas perante a falta de compromisso de muitos dos seus jogadores. Não sei se desta será suficiente.

Fiz contas há uns dias. E percebi que na sua carreira Mourinho não esteve até hoje mais de 3 anos no mesmo clube. No Benfica saiu como todos sabemos. No União de Leiria apenas uma época antes de sair para o Futebol Clube do Porto onde triunfou em 2 anos e meio. De seguida veio o Chelsea de onde foi “demitido” ao fim de 3 anos ainda em Setembro e após um doloroso empate em casa com o Rosenborg para a Champions League. Transformou o Inter de Milão mas, mais uma vez, saiu ao final de 3 anos. Entramos na 3ª época à frente do colosso espanhol e Mourinho já ganhou tudo o que havia a ganhar em Espanha. Mas foram anos duros, intensos, onde a luta pelo ceptro do futebol mundial com o melhor Barcelona de todos os tempos, fez com que o mundo parasse sempre que Real Madrid e Barcelona se defrontavam. E isto contribui para um enorme esgotamento psicológico.

Serão apenas coincidências, mas quem está de fora e acompanha não vê compromisso. Principalmente dos jogadores espanhóis. Recém consagrados Campeões da Europa, começaram a época descentrados. Protegidos por uma imprensa espanhola que defende irracionalmente os seus campeões do mundo, o treinador português é o alvo preferido.

A expressão “meter o pé” e “ir a todas as bolas” tem um significado. E a falta de motivação e garra é aparente. Pior do que isso, Mourinho veio pela 3ª vez este ano em conferência de imprensa enviar duros recados aos jogadores. Valencia, Getafe, Sevilha. Com apenas um resultado prático na Supertaça Espanhola. E isto, como diriam nuestros hermanos, “pinta mal”

por José Coelho

15 de setembro de 2012

Tenho... Pena do Luisão

No fundo eu tenho pena do Luisão. Tantas vezes a tentar e nunca leva uma suspensão decente.

Já pontapeou adversários no chão sem bola e nada, entradas a matar a jogadores do Sporting, jogo que escolheu por ser de alta visibilidade, e nada, agora pensou: "Ou vai ou racha" e agrediu um árbitro ao ponto de o mandar ao hospital fazer uns exames... e nada. Que mais terá que fazer o pobre Luisão?

Aliás, castigos para os lados da luz ou são pequeninos ou em oportunas janelas temporais, ou as duas coisas como é o caso deste.

Vejamos: 2 meses por agredir um árbitro ao ponto de este ter que ir ao hospital a pena mínima aplicável. Em 2002 João Vieira Pinto deu uma merecida murraça no estômago do árbitro Angel Sanchez e, como já tinha deixado o Benfica, levou 4 meses de suspensão. Que me recorde, o árbitro ladrão do Coreia do Sul - Portugal não precisou de atendimento hospitalar. A altura em que é dado este castigo também não é despiciente e é concordante com os momentos geralmente escolhidos para castigos ao Benfica, Luisão volta na jornada imediatamente anterior a um Sporting-Benfica, coincidência de certeza...

Mas estou descansado porque no Benfica não há insubstituíveis, nem Luisão, nem Witsel nem Javi Garcia...

por Creep

3 de setembro de 2012

Adeus Givanildo!

Escrevi aqui há uns tempos que a Rússia não deveria ser o destino de Hulk., mas foi. Parecia-me e ainda me parece que é um campeonato muito pouco apelativo para se jogar futebol e que nem sempre o dinheiro fala mais alto, puro engano. Parecia-me que o Zenit não iría querer pagar os 60 milhões de euros que o Porto pretendia e que pareciam absurdos a muito boa gente da classe jornalística portuguesa. A mesma classe jornalística que disse que a administração do Zenit vetou uma oferta de 50 milhões há uma semana atrás.

O Zenit, num só dia, gasta 100 milhões e prova que em Portugal, se escreve apenas para vender jornais desportivos aos taxistas que compram a bola.

Hulk foi um dos maiores de sempre a vestir de azul e branco e vai deixar muitas saudades, mas, tal como outros que já saíram, não é insubstituível e o Porto é perito em provar isso.

Chega ao F.C. Porto em 2008 como a "surpresa" do defeso. Ninguém o conhecia e só se sabia que jogava bem contra japoneses, o que, na maioria dos casos, não diz muito. Chega e marca contra o Cagliari e rapidamente mostra que joga também contra qualquer um e não só contra japoneses.

Um ano depois de chegar, renova contrato e atinge a cláusula de rescisão mais cara de sempre do futebol mundial: 100 milhões de euros! Mais uma vez, Pinto da Costa foi apelidado de louco e muitos compararam à cláusula de 90 milhões de euros de Mantorras, ainda no tempo dos escudos e antes do joelho dele se transformar numa roldana ferrugenta. Nada mais errado. Hulk foi hoje a 6ª transferência mais cara de sempre!

Hulk ganha 10 títulos no Porto em 4 anos onde se incluem 3 campeonatos, 3 taças de Portugal, 3 supertaças de Portugal e 1 Liga Europa. Fez parte e foi fundamental no único título do dragão sem derrotas. É preciso dizer que não ganhou mais títulos, qui ça, por um castigo de 4 meses que foi posteriormente reduzido para 3 jogos, convenientemente, tarde demais para discutir o campeonato.

Marcou golos memoráveis Um dos melhores foi frente ao Benfica, em pleno estádio da luz e fica na memória de todos:
Apesar de achar que o dinheiro não é tudo, não era para Vilas-Boas ou Falcão e não é para Hulk, percebo as vantagens económicas para o clube e para Givanildo. Embora perceba melhor as componentes desportivas de "El Tigre" e do ruivo André.

Apesar disso, um muito obrigado ao INCRÍVEL! E agora, que haja capacidade de superar a falta de Hulk (e esperemos que não de Moutinho em Janeiro). Atsu, parece-me curto (literalmente) e há que ter competência e habilidade para encontrar soluções.

Ainda assim, e sabendo que o Sporting não oferece resistência e que o Benfica ficou, quase de repente, sem meio-campo, acho que o plantel do Porto é mais do que suficiente para ser campeão.

por Creep

1 de setembro de 2012

Falcao, na cidade certa, no clube errado.

Que baile se viu hoje no Mónaco! Já sabíamos que o Chelsea ainda hoje está para descobrir como foi campeão europeu, mas isso não impediu os "blues" de menosprezarem o 5º classificado espanhol. Ganhar ao Barcelona e vencer a Champions pode trazer uma sobranceria que tantas vezes no passado deu maus resultados.

Esta atitude foi tudo o que Falcao precisou para fazer do Chelsea o seu saco de pancada.
Nestas alturas gosto sempre de recordar o Fernando Torres. "El niño" é simplesmente o mais caro "flop" da história do futebol mundial, 60 milhões foi quanto pagou o Chelsea ao Liverpool, por um jogador que marca 15 golos em 2 épocas e meia em Stamford Bridge, acho que nem chega para superar Postiga.

Espero ainda ver este ano
Falcao com esta camisola.
Falcao já era o melhor ponta-de-lança do mundo quando saiu do F.C.Porto, só não houve quem olhasse para ele como tal, puro engano. Depois do que se viu ante-ontem (Higuaín a falhar 3 golos que podiam ter dado um resultado histórico para os "blancos" e Benzema, carregadinho da típica arrogância francesa, que não consegue ser titular) e do que se viu hoje na valente malha que o Atlético deu ao Chelsea, Falcao está na cidade certa, no clube errado.

Tivesse a supertaça europeia sido disputada ontem e talvez o colombiano nem sequer começasse a época com os "colchoneros". Mais... tivesse "El Tigre" ficado mais uma época no F.C. Porto com André Vilas-Boas e talvez hoje, tanto um como outro estivessem em clubes de topo e o Porto com mais um troféu europeu.

por Creep