30 de agosto de 2012

O ano 2000, 12 anos depois... E a Champions!

No Mónaco há todos os anos por esta altura, um sorteio para a melhor liga do mundo, e, em simultâneo uma das demonstrações anuais da parcialidade e bajulação dos interesses instalados em cada época. E é assim há já alguns anos.

FIFA e UEFA já nos habituaram a cenas como a Holanda ou Inglaterra à frente de Portugal no ranking, mesmo depois de terem ambas sido eliminadas pelos nossos bravos de 2004 e 2006. Ou quando, por não ter conquistado títulos (justificação de alguns "entendidos" que atribuiram ) Figo não ganha a Bola de Ouro em 2000 um dos melhores anos ao serviço do Barcelona.


O paralelismo com o prémio atribuído hoje a Iniesta é notório, Já em 2000, Zidane é votado o melhor do mundo pela FIFA, caindo sobre o título de campeão europeu de selecções (uma competição que dura 1 mês) todo o peso da decisão sobre um ano inteiro. Recordo que a Juventus (equipa de Zidane em 2000) perdeu o campeonato para a Lazio e, nas competições europeias, não foi além dos oitavos de final da extinta Taça UEFA, tendo sido eliminado pelo mesmo Celta de Vigo que deu 7 ao Benfica.

Depois da entrega do prémio de hoje, a pergunta impõe-se, o que é preciso fazer para um português ganhar prémios individuais? Claramente, ser campeão no campeonato mais competitivo do mundo à frente dos outros 2 candidatos ao prémio, chegar às meias finais de Champions e Europeu de Selecções (e perder nos penáltis em ambas as competições) e marcar 64 golos numa época não é suficiente. Pelo menos não para a UEFA do lusófobo Platini e para a Blaugrana FIFA.

No meio disto sortearam-se os grupos da Liga dos Campeões e pode-se dizer que podia ter sido bem pior para os clubes portugueses.
O Benfica não tem desculpa para não passar, tal como o Porto, ainda que a deslocação à Ucrânia possa sempre ser factor de tolerância ao fracasso, mas só para Vítor Pereira. O Braga tem a vida difícil (podia ter sido muito pior) mas já vimos que tem equipa mais do que suficiente para eliminar quer o Galatasaray, quer o Cluj, mesmo sem tanta experiência.

Barcelona, Milan, Arsenal e Manchester United têm grupos fraquinhos e têm obrigação de passar em 1º e o grupo do Real Madrid é, em contradição com o campeão espanhol, surreal de tão difícil que é. Isto significa que Cristiano, Mourinho & Cia não têm qualquer jogo de descanso e têm que preparar-se para uma época extremamente desgastante.

Mais uma época começa a ganhar forma, ainda sem se saber bem que peões vão jogar em cada equipa.


por Creep

1 comentários:

Man Next Door disse...

Não serve ganhar a Supertaça Europeia, a Supertaça espanhola, o Mundial de Clubes, a Taça do Rei e o Campeonato Europeu?