É uma realidade que a preparação para o Europeu não correu nada bem dentro de campo, estamos a 1 dia do início da competição e os nossos adversários vão marcando pontos... nós? Vamos marcando passo. Fora de campo, parece que a Federação anda a fazer bom dinheiro com reportagens exclusivas, patrocínios, e visitas em festa a toda a hora. Escusado será dizer que este exagero à volta da selecção, impede a concentração naquilo que é essencial: jogar futebol!
Concordo em absoluto com as declarações de Manuel José. Concordo com a forma, conteúdo e escolha do momento (expressão tantas vezes substituída pelo estrangeirismo "timing", mas estamos a falar da selecção portuguesa que diabo!).
Gostei da forma porque acho que mesmo quando as coisas são ditas às claras, há sempre alguém que tenta camuflar e minimizar aquilo que não pode ser relevado, quando se grita como fez Manuel José, aumentamos a possibilidade de nos fazermos ouvir e fugimos aos poderosos filtros que por aí andam.
Gostei do conteúdo, porque é exactamente o que penso daquilo que se viu da selecção. É evidente que num país já sem tanga, tirar uma folga em carros de muitos milhares de euros aumenta a responsabilidade de representar o país, não que não se saiba que os têm... mas é suposto estarem a trabalhar, não a andar de carro e charrete por aí. Não se trata de diversão ou alegria, tratar-se-ia disso se em campo as exibições não parecessem que estão sempre de ressaca. Apesar das críticas de muita gente que geralmente não passam de gajos com a mania de que quem lê Goethe e ouve Debussy não pode gostar do mesmo que um fã de Toni Carreira que lê "A Bola", é o futebol que ainda vai levantando a moral, goste-se ou não, por isso a responsabilidade é grande e deve ser levada a sério.
Gostei da escolha do momento, porque, em primeiro lugar, não seria possível falar de folgas sem sentido e passeios de charrete antes delas acontecerem. em segundo lugar porque acho que é agora que se deve falar e não depois de ter corrido mal, quando já não há nada a fazer. Em terceiro lugar porque isto pode muito bem servir de motivação aos jogadores, como espero que sirva, senão estamos condenados...
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A imbecilidade ao serviço da vingança mesquinha |
Carlos Queiroz veio também dizer que o tentaram pressionar para que o 23º jogador fosse escolhido pelo público. É inadmissível! Eu sugiro, que sempre que o Queiroz vá treinar uma selecção (que nunca mais seja a nossa já agora) seja ele a escolher o 23º jogador e não o público. Mas só o 23º que é para ver se o Burkina Faso (pode muito bem ser o próximo destino dele), consegue finalmente ganhar ao Lesoto.
Uma pequena pergunta para os anti-Scolari deste país: são preferíveis os assobios e desconfianças às bandeiras nas janelas? Para quem ainda não percebeu, vamos estar outra vez 40 anos à espera de uma selecção de excepção como as de 1966, 2004 e 2006. Shhhhh Não digam a ninguém... mas Scolari esteve nas duas últimas...
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