- 100 internacionalizações de Ronaldo.
- 48000 adeptos no estádio.
- Regresso a Portugal depois de derrota e exibição curta de qualidade.
- Vitória da Rússia frente ao Azerbaijão e distância de 6 pontos do apuramento directo.
- Para não falar do estado psicológico de um país derrotado pela crise, que vê no futebol o único escape de união positiva generalizada.
Enormes argumentos que não chegam para que Rúben Micael, João Moutinho, Nani, Miguel Veloso, João Pereira e, para falar a verdade, nenhum dos outros se sentissem na obrigação de, pelo menos, correr com a mesma vontade que o país demonstra por esta altura nas ruas em manifestações históricas.
Por esta altura, os jogos da selecção são datas de novas medidas que nos levem às ruas... também da amargura.
Falta alma à selecção, e a tendência é piorar. São jogos como o de hoje que me fazem tristemente acreditar numa fatídica profecia deste desiludido adepto de futebol. Os clubes são empresas que pagam cada vez mais por bens (jogadores) que são utilizados por gente alheia (selecções) sem pagar aluguer ou sequer pedir permissão e que um dia, pelas leis gerais do mercado, deixarão de ceder jogadores às selecções e teremos selecções de 2ª linha a brincar ao futebol.
Quando os bens se estragam, ou no caso, os jogadores se lesionam, a FIFA paga o ordenado relativo aos dias de paragem, desde que este não ultrapasse os 28000€ por dia. Há quem diga que é uma obrigação dos clubes cederem os jogadores, outros que se o Real Madrid vai receber 1,8 milhões de euros com a lesão de Marcelo, talvez o campeão das Ilhas Faroé não receba qualquer compensação no caso de lesão de um jogador seu ao serviço da selecção.
A verdade é que os jogadores nada ganham ao lesionarem-se pelas respectivas selecções, e no tempo em que estão parados, estão também parados os bónus de desempenho que acrescentam a qualquer ordenado.
A verdade é que não há maneira de calcular quanto é que o Real Madrid vai perder agora que perdeu Coentrão e Marcelo, ou a falta que faria Falcão ao Atlético de Madrid se por acaso se lesionasse ao serviço da Colômbia. Ao mesmo o Rúben Micael ou Rúben Amorim se faltassem ao Braga numa altura da época decisiva para o apuramento para a liga dos campeões.
Concorde-se ou não, a transformação do futebol num negócio de milhões, pode dar em cada vez mais jogos como o de hoje, em todas as selecções.
Relativamente ao jogo de hoje, pequenas notas:
- Há uma razão para Ferguson ter encostado Nani e o querer vender o mais rápido possível.
- Se falha Meireles, não há Rúbens suficientes.
- A coragem de Paulo Bento é selectiva e de critérios muito duvidosos. Tão duvidosos como a sua capacidade de motivar jogadores depois de 2 anos de convívio.
- Moutinho não jogou na Rússia e hoje também não, curiosamente, também a selecção não apareceu nos 2 jogos.
É preciso muito mais... de todos! E não podemos ficar à espera que Ronaldo resolva tudo, especialmente quando é obrigado a tabelar com Velosos, Pereiras e Rúbens...
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