O ano 2000, 12 anos depois... E a Champions!

No Mónaco há todos os anos por esta altura, um sorteio para a melhor liga do mundo, e, em simultâneo uma das demonstrações anuais da parcialidade e bajulação dos interesses instalados em cada época. E é assim há já alguns anos.

FIFA e UEFA já nos habituaram a cenas como a Holanda ou Inglaterra à frente de Portugal no ranking, mesmo depois de terem ambas sido eliminadas pelos nossos bravos de 2004 e 2006. Ou quando, por não ter conquistado títulos (justificação de alguns "entendidos" que atribuiram ) Figo não ganha a Bola de Ouro em 2000 um dos melhores anos ao serviço do Barcelona.

O paralelismo com o prémio atribuído hoje a Iniesta é notório, Já em 2000, Zidane é votado o melhor do mundo pela FIFA, caindo sobre o título de campeão europeu de selecções (uma competição que dura 1 mês) todo o peso da decisão sobre um ano inteiro. Recordo que a Juventus (equipa de Zidane em 2000) perdeu o campeonato para a Lazio e, nas competições europeias, não foi além dos oitavos de final da extinta Taça UEFA, tendo sido eliminado pelo mesmo Celta de Vigo que deu 7 ao Benfica.

Depois da entrega do prémio de hoje, a pergunta impõe-se, o que é preciso fazer para um português ganhar prémios individuais? Claramente, ser campeão no campeonato mais competitivo do mundo à frente dos outros 2 candidatos ao prémio, chegar às meias finais de Champions e Europeu de Selecções (e perder nos penáltis em ambas as competições) e marcar 64 golos numa época não é suficiente. Pelo menos não para a UEFA do lusófobo Platini e para a Blaugrana FIFA.

No meio disto sortearam-se os grupos da Liga dos Campeões e pode-se dizer que podia ter sido bem pior para os clubes portugueses.

O Benfica não tem desculpa para não passar, tal como o Porto, ainda que a deslocação à Ucrânia possa sempre ser factor de tolerância ao fracasso, mas só para Vítor Pereira. O Braga tem a vida difícil (podia ter sido muito pior) mas já vimos que tem equipa mais do que suficiente para eliminar quer o Galatasaray, quer o Cluj, mesmo sem tanta experiência.

Barcelona, Milan, Arsenal e Manchester United têm grupos fraquinhos e têm obrigação de passar em 1º e o grupo do Real Madrid é, em contradição com o campeão espanhol, surreal de tão difícil que é. Isto significa que Cristiano, Mourinho & Cia não têm qualquer jogo de descanso e têm que preparar-se para uma época extremamente desgastante.

Mais uma época começa a ganhar forma, ainda sem se saber bem que peões vão jogar em cada equipa.

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por Creep

Nem ganham nem saem de cima.

Pensava eu ontem que o Porto ia conseguir ficar já a 2 pontos do Benfica. Confiei demais que o Porto de Vítor Pereira conseguisse os mínimos perante um fraquinho, fraquinho, fraquinho Gil Vicente.

Não tivesse sido o jogo transmitido pela televisão, e diria que hoje jogaram Merelinense e Desportivo de Ronfe, tal foi o ritmo de jogo. O Porto a ter que ganhar e a jogar com uma lentidão digna do campeonato de júniores de xadrez e com a displicência da lebre de Esopo e La Fontaine.

Nada fez para ganhar o jogo e a única coisa que conseguiu de relevante foi dar-me uma camada de nervos nos últimos 20 minutos de jogo. Um jogo tão mau que me trouxe à memória o Olhanense - Porto da época passada, pode não dizer muito a muita gente, mas foi o jogo que antecedeu a derrota de 3-0 frente à Académica OAF para a taça. Nessa altura foi um sinal e espero que se tenha aprendido a lição para este ano.

Há no entanto aqui umas coisitas que não desculpam a derrota mas que deviam há muito tempo ter sido tratadas. Uma delas eu disse já muitas vezes acerca do Paços de Ferreira (aqui por exemplo), não é admissível que haja na primeira liga campos de dimensões menores e relvas cortadas pelo joelho. Equipas como o Paços de Ferreira, Nacional da Madeira ou o Gil Vicente andam há demasiados anos a beneficiar dos seus campos de matraquilhos. Há que legislar e obrigar a medidas padrão iguais em todo o lado, bem como multas para que deixa crescer a relva durante 6 meses para que não se consiga jogar com a bola no chão.

Depois, tem que haver instruções para acabar de vez com o anti-jogo. As perdas de tempo na marcação de bolas paradas, bolas levadas no colo para longe do lugar da falta, simulação de lesões, faltas sucessivas, etc... têm que começar a ser punidas! Não é possível ter jogos como o de hoje ou como na maioria dos jogos dos 3 grandes contra os Gil Vicentes desta liga. Não podemos enaltecer o campeonato inglês, por ser espectacular e depois permitir que as equipas pequenas façam este tipo de jogo.

E por fim, a FIFA tem que acabar com os jogos "da treta" dias depois de Jogos Olímpicos e 3 dias antes do início da época em tantos países europeus.

Quanto ao jogo, não me vou alongar no penálti por marcar sobre o Kléber, até porque não seria justo marcar um penálti sobre um jogador que só tocou uma vez na bola.

Um Porto fraco, com a equipa perto da força máxima (porque não Rolando? Mangala esteve mal, mas ainda não ao nível de Melgarejo, espero ansiosamente por Alex Sandro 90 minutos), mas um Gil Vicente tão, mas tão fraquinho que, a continuar com este tipo de jogos contra os grandes, espero sinceramente que desça de divisão, até à 3ª, talvez assim jogue e deixe jogar.

Bom jogo em Guimarães, sem grandes oportunidades, mas aberto com muito mais Sporting que Vitória. Está provado que Sá Pinto pões mesmo os meninos a correr. Aproveitou a pré-época para correr com o gigante americano e agora já os pode ameaçar com umas chapadas, e isso notou-se em campo.
Um Sporting cheio de vontade, que correu muito, mas que, não chega. Ainda...

Só vi a segunda parte, com pena de não ter visto como se portou Adrien e... quem é Gélson Fernandes para sentar o, tão chorado na época passada, Rinaudo? Não vi a primeira parte mas vi um Elias mais próximo do que costumava ir à selecção brasileira e um miúdo que acho que vai ser grande craque, André Martins, vi um Capel inconsequente (sempre achei difícil jogar sem tirar os olhos do chão) e um Cédric atrevido que precisa de concorrência.

Empata toda a gente, ou quase, e, a verificar-se o empate que prevejo para o Beira-Mar - Académica OAF de amanhã, o Olhanense fica na frente na primeira jornada.

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por Creep

Mais do mesmo.

O campeonato começou ontem, mas, em boa verdade, ninguém se importa que o Olhanense tenha ganho em casa ao recém-promovido Estoril ou que o Marítimo ganhou "à rasquinha" no último minuto. O que verdadeiramente interessa é que o Jorge Jesus não consegue ganhar na primeira jornada há 4 anos (o Benfica há 8), nem a jogar contra 10.

Eu disse que falaria da pré-época do Benfica antes do jogo de hoje, mas levei uma "ombrada" do Luisão e andei uns dias combalido. 3 breves notas sobre o caso:  primeira nota, vamos todos fazer o exercício de imaginar o que teria sido dito se fosse um lance protagonizado por Bruno Alves, segunda nota, o Luisão não é propriamente novato nas agressões, recordemos o pontapé que deu num adversário quando este estava no chão (25'' no vídeo ao lado), terceira nota, entregue ao concelho disciplinar da Federação, vamos apostar que não há qualquer castigo para o Ânderson (o acento circunflexo não é gralha nem erro) Luís da Silva?

Mas a pré-epoca do "ganda" Benfica não se fica por aqui. Contrataram Ola John e Salvio para assim ficarem com 7 jogadores para as alas, já excluindo o Melgarejo que dizem que é defesa esquerdo e o novo Fábio Coentrão. Contrataram também aquele que, segundo o hilariante Rui Gomes da Silva, era o melhor defesa esquerdo a actuar em Portugal na época passada, Luisinho, e que perde o lugar para o (in)adaptado Melgarejo. Cá para mim o Benfica não resistiu a ter um Luisinho e um Luisão no plantel, sempre é uma piada fácil que Jorge Jesus entenderá com facilidade. Quanto ao inevitável "este ano é que é" não pode faltar e a prová-lo está a confiança com que Jorge Jesus deixa Aimar e Carlos Martins no banco.

O jogo de hoje é espectacular na forma como o Benfica encara as arbitragens, um árbitro que deixa Javi Garcia sem amarelo (nada que não seja já lei e ensinado nos estágios da APAF) e depois de consultar o "bandeirinha" não tem dúvidas nenhumas que foi Douglão a tocar a bola com a mão (a propósito, foi Custódio) e expulsa o arsenalista com um 2º amarelo. A ver vamos se este não será um ano com 12 jogos a jogar contra 10 ou menos como foi o do último título das águias.

Salvio já é Sebastião sem dom e veio para salvar o clube da luz, Melgarejo fica Emerson e o Paraguai perde um razoável extremo. Douglão, a julgar pelo jogo que fez hoje, pode muito bem ser o substituto de Luisão se este for castigado pelo caso de Düsseldorf, a ver vamos se esta teoria da conspiração tem o mesmo sucesso da novela Adrien.
A estrela holandesa com nome de marca de gelados nem sequer foi convocado e o cobiçadíssimo Gaitán, aquece o banco e perde para Nolito e Enzo Pérez. Tudo normal para os lados da luz. Não gosto de cantar de galo antes de começar ou antes de ganhar alguma coisa (característica típica dos simpatizantes da agremiação de Benfica), mas parece-me que será mais um ano igual aos outros, o Benfica com o melhor plantel do mundo e a por as culpas em tudo e todos, menos nele próprio e o Porto a ganhar o campeonato. (ainda vou morrer pela boca...)

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por Creep

Começar a época a vencer.

 Começou este fim-de-semana a época 2012/2013 e, para não variar, com mais um troféu para o F.C. Porto, o 19º da prova.

Sem grande brilho, é certo, e contra um adversário bastante mais fraco e desacostumado a estas andanças, mas no passado, as más prestações na Supertaça que acabaram em vitória, não se provaram  premonitórias de uma época sem mais troféus, a ver vamos.

Apesar de ainda ter o Vítor Pereira ao leme (ver contador aqui.) o F.C. Porto é sempre o mais forte candidato ao título e nem a manifesta falta de qualidade do técnico de Espinho altera o cenário.

A contratação de Jackson Martínez (falta mostrar o que vale na finalização) é a única de registo, já que Fabiano deve ser emprestado e nomes como Castro, Miguel Lopes ou Atsu já faziam parte do clube.

E o que dizer do caso de Álvaro Pereira? Não se percebe a má gestão deste caso, seja pela direcção, pelo jogador ou, pelo que menos surpreende, Vítor Pereira.

Um dos melhores laterais esquerdos de sempre do F.C. Porto está a sair pela porta pequena e a desestabilizar o que já é frágil com Vítor Pereira: o balneário. Apenas a cultura do clube mantém a equipa concentrada e coesa.

Aguarda-se a rápida resolução do caso de maneira a que o desgaste seja o menor possível.

Quem é aguardado com expectativa são os internacionais Alex Sandro e Danilo que vão com toda a certeza tornar o F.C. Porto muito mais forte. Já Hulk...

Hulk quer sair, já se viu. O Porto quer muito dinheiro e a Rússia não deve ser o destino, mas parece-me que cedências terão que ser feitas . Não podemos ter 2 casos de jogadores descontentes no plantel no mesmo ano, já basta Álvaro Pereira.

Mas a saída de Hulk não assusta tanto como a possível saída de João Moutinho, então se for pela mão de Vilas-Boas, acho que os adeptos portistas não lhe perdoarão mais uma traição, a André, não a Moutinho.

Atsu pode chegar para as encomendas nacionais desta época (duvido que faça boa figura na Liga dos Campeões) e pode ser um excelente substituto do incrível a médio prazo, é dar-lhe tempo e oportunidade. E já agora, tratar muito bem a lesão crónica que tem no joelho.

Acho que apesar de poder ter algumas ausências de relevo (Hulk, Moutinho ou Fernando) não vejo nenhum adversário capaz de ganhar o próximo campeonato ao F.C. Porto, mas antes da primeira jornada falarei de Benfica, Braga e Sporting.

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por Creep